A museologização de uma fração da vida, ilusão de ótica que transporta o interlocutor à uma realidade forjada, montada com a finalidade de confundir seus sentidos.
Em verdade, no início não eram 24 reproduções por segundo, apenas depois de anos de estudos chegou-se à esse número por ser a velocidade de projeção que gerava uma imagem mais próxima da realidade.
Essa brincadeira* de projetar a realidade numa tela se chama cinema e ao longo de mais de um século ela foi amplamente difundida e desenvolvida. Mais difundida do que desenvolvida, uma vez que tão logo descobriu-se uma fórmula de reprodução da realidade atraente ao público e economicamente rentável**, os realizadores do cinema pouco ousaram no desenvolvimento da sua narrativa e dramaturgia.
Existiram, porém, as exceções. Ia começar a falar sobre elas agora, mas tô aqui na loja que aluga computadores e meu aluguel vence em poucos minutos, então, vou deixar uma pequena lista*** de alguns títulos importantes na compreensão do cinema.
- Le voyage dans la Lune (1902) - Georges Méliès
- Kino Nedelia (1919) - Dziga Vetrov
- Metropolis (1927) - Fritz Lang
- The Man Who Knew Too Much (1934) - Alfred Hitchcok
- Citizen Kan (1941) - Orson Welles
- À bout de souffle (1959) - Jean-Luc Godard
- Terra em Transe (1967) - Glauber Rocha
- Amacord (1973) - Frederico Fellini
- Full Metal Jacket (1987) - Stanley Kubrick
- Pulp Fiction (1994) - Quentin Tarantino
- Cidade de Deus (2002) - Fernando Meireles
* Nesse caso "brincadeira" é uma figura de linguagem.
** Cinema clássico narrativo.
*** Algumas centenas de filmes mereceriam destaque, no entanto foi selecionado apenas um por década e organizados por ordem cronológica.
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