quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Uma ou duas considerações sobre o cinema.

Não sei se vocês aí do futuro têm cinema, nem sei se são interessados nesse tipo de indução hipnótica voluntária, mas em 1895 uns europeus criaram uma máquina capaz de capturar e reproduzir o movimento nas imagens que se davam à frente de suas lentes. Um processo primitivo que se baseava na impressão da luz em uma superficie fotosensivel que se move por trás de um jogo de lentes, desenhando nessa superfície 24 reproduções da realidade por segundo, essas reproduções mais tarde serão projetadas num fundo branco.













A museologização de uma fração da  vida, ilusão de ótica que transporta o interlocutor à uma realidade forjada, montada com a finalidade de confundir seus sentidos. 
Em verdade, no início não eram 24 reproduções por segundo, apenas depois de anos de estudos chegou-se à esse número por ser a velocidade de projeção que gerava uma imagem mais próxima da realidade.
Essa brincadeira* de projetar a realidade numa tela se chama cinema e ao longo de mais de um século ela foi  amplamente difundida e desenvolvida. Mais difundida do que desenvolvida, uma vez que tão logo descobriu-se uma fórmula de reprodução da realidade atraente ao público e economicamente rentável**, os realizadores do cinema pouco ousaram no desenvolvimento da sua narrativa e dramaturgia.
Existiram, porém, as exceções. Ia começar a falar sobre elas agora, mas tô aqui na loja que aluga computadores e meu aluguel vence em poucos minutos, então, vou deixar uma pequena lista*** de alguns títulos importantes na compreensão do cinema.



  • Le voyage dans la Lune (1902) - Georges Méliès
  • Kino Nedelia (1919) - Dziga Vetrov
  • Metropolis (1927) - Fritz Lang 
  • The Man Who Knew Too Much (1934) - Alfred Hitchcok
  • Citizen Kan (1941) - Orson Welles
  • À bout de souffle (1959) - Jean-Luc Godard
  • Terra em Transe (1967) - Glauber Rocha
  • Amacord (1973) - Frederico Fellini
  • Full Metal Jacket (1987) - Stanley Kubrick 
  • Pulp Fiction (1994)  - Quentin Tarantino
  • Cidade de Deus (2002) - Fernando Meireles


    * Nesse caso "brincadeira" é uma figura de linguagem.
    ** Cinema clássico narrativo. 
    *** Algumas centenas de filmes mereceriam destaque, no entanto foi selecionado apenas um por década e organizados por ordem cronológica.

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